Na manhã desta segunda-feira (18/01) em entrevista ao “Jornal Falado Carijós” o advogado do SINTTROCOL (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Conselheiro Lafaiete), Antônio Braga, falou sobre a situação da greve dos funcionários da Viação Presidente que persiste em Conselheiro Lafaiete.
Sem ônibus
Hoje, a cidade completa o sétimo dia sem o serviço de transporte municipal. Os funcionários estão na porta da empresa e diferentemente dos outros dias quando haviam quatro ônibus circulando, nenhum saiu da garagem nesta segunda-feira até as 10h30. Antonio Braga explica a situação: “Esse fato se deve por absoluta inércia da empresa. Hoje, nem o gerente que era a única pessoa que tínhamos para fazer contato apareceu na empresa. O sindicato vai continuar aqui parado”. O advogado pontuou ainda que, o sindicato não se opõe a saída dos quatro ônibus para cumprir a cota minima de veículos funcionando em período de greve, mas que precisa do posicionamento da empresa para que isso ocorra.

Antônio Braga confirmou que o sindicato aceitou a venda de três ônibus por parte da Viação Presidente, condicionando a transação ao pagamento atrasado dos funcionários. Mas que a promessa teria sido novamente descumprida pela concessionária. Extraoficialmente o Fato Real recebeu a denúncia de que, alem desta três ônibus negociados, outros estariam sendo vendidos pela empresa.
De manhã houve um contato do sindicato, via WhatsApp, com o gerente da empresa. Foi informado que uma pessoa iria até a garagem para negociar com os trabalhadores, porém, quando perguntado quem era ele não respondeu. “Foi dito que o pagamento seria realizado hoje, mas os funcionários não acreditam mais na palavra da empresa”, completa Antônio Braga.
Poder público
A Prefeitura e a Câmara dos Vereados de Lafaiete foram contatadas pelo sindicato, com o pedido de ajuda na resolução da situação dos funcionários com a empresa. Os vereadores se prontificaram a cobrar do prefeito uma solução, mas até o momento eles não responderam os trabalhadores. Para hoje os trabalhadores planejam ir até à prefeitura na busca de uma solução. Em entrevista à jornalista Gina Costa, o prefeito Mário Marcus disse que a empresa já havia sido notificada, mas sem detalhar o teor da notificação.
Os grevistas pedem também a intermediação do Ministério Público.
Contrato
O advogado do SINTTROCOL pontuou que a quebra de contrato entre município e Viação Presidente é uma possibilidade: “Todo contrato, se uma parte descumpre causa contratual, cabe a outra parte denunciar. O não fornecimento do transporte é causa de rompimento desse contrato. Houve uma quebra, a parte prejudicada, no caso o município, pode denunciar esse contrato. Ainda mais se tratando de atividade essencial como é o transporte público”, conclui.